Mostrando postagens com marcador referências. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador referências. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de janeiro de 2011

Criação Fu! não sai da cabeça ;)

Uma surpresa legal: o twitter do Criação Fu! foi indicado pelo site Acervo Publicitário para o seu Top Of Mind - Os 100 Mais criativos como um dos "100 perfis do twitter que todo Publicitário / Designer deve seguir". Confira aqui a lista dos indicados.

Muito legal aparecer numa lista que inclui gente como Blogcitário, Update Or Die, Abduzeedo e Brainstorm 9. Mais legal ainda é saber que as pessoas estão acompanhando e achando legal.

Sem demagogia, essa é *de longe* a melhor recompensa e a razão pela qual mantemos este blog.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Criação-Fu! em Tuitadas

Entre idas e vindas, projetos particulares e as correrias de sempre, o Criação-Fu! andou lento mas raramente 100% parado. O que não acontecia por aqui em textos mais densos corria em pingados 14o caracteres no twitter oficial deste coletivo que vos escreve.

O tempo não tem permitido a concretização de ideias mais extensas, mas nem por isso 2010 deveria passar em branco. Resolvemos então publicar aqui uma coletânea do que andamos twittando - links, frases e textos para reflexão. É um pequeno presente de fim de ano e um incentivo para que possamos voltar com os posts exclusivos o mais cedo possível.

Este compêndio não é 100% abrangente - ficaram de fora as chamadas para os posts do blog, os comentários estritamente sazonais e todos os links quebrados que conseguimos detectar.

Os twittes foram divididos de forma mais ou menos livre segundo o que consideramos como foco principal da mensagem. Nada muito categórico ou restritivo - é mais um guia que uma categorização.

Para facilitar a leitura e localização, dividiremos os links em diversos posts. Vocês podem começar por aqui.

Feliz encerramento de 2010 e um próspero 2011 para todos que nos acompanham!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sobre a jurássica arte de "fazer à mão": um adendo

Em tempo: recomendo a todos esse vídeo do John Cleese (Monty Python) sobre criatividade. Ia entrar no post anterior, mas acabei esquecendo de incluir.


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Documentário: "Helvetica - O Filme" legendado

Para quem nunca viu, a oportunidade de ver o importante documentário sobre a fonte tão amada e odiada, mas nunca ignorada (e um pouco sobre a história do design gráfico, também). E com legendas.

Helvetica: O Filme

Leia a sinopse:
 
Helvetica é um documentário realizado por Gary Hustwit, que pretende demonstrar o papel da Helvetica na cultura visual dos últimos 50 anos. Nos diversos entrevistados poderemos encontrar, Erik Spiekermann, Matthew Carter, Massimo Vignelli, Paula Scher, Neville Brody, entre outros.

Encontrado aqui.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Aos 51 anos, Helvetica rules


Aniversário é uma coisa engraçada. Têm pessoas que adoram, já ficam lembrando durante semanas antes e fazem aquela mega festa com direito a animação, DJ e open bar. Depois têm as outras, que não fazem tanta questão, ou usam o dia como uma oportunidade para refletir. Têm as que mentem sobre a idade, e as que com 40 anos fazem festa de criança. Mas fazer um ano a mais não é o grande negócio. O que é legal mesmo, é deixar uma marca na história, coisa que também lembramos em aniversários. É o caso da fonte Helvetica, que fez 50 anos em 2007.

50 anos. Se para uma pessoa, a gente pensa (errado mas) logo, “puxa, que velho!” imagine então para uma família tipográfica! Deve ter uma cara bem careta. Nem deve dar para usar mais. Quantos anos isso dá para um ser humano?
Mas se você já prestou atenção aos detalhes cheios de charme, embora ao mesmo tempo, incrivelmente funcionais, da Helvetica, você vai perceber o quanto que ela ainda é jovem, versátil, expressiva, e muito prazerosa de usar.

A Helvetica foi criada no fim dos anos 50, é foi A família chave do estilo Suiço (ergo, o nome), que pregava simplicidade, objetividade, e clareza na comunicação. A partir daí, tudo mundo começou a usar, tanto que, com certeza, é uma família que, mesmo se você não manja muito de tipografia, você vai reconhecer com facilidade (é só prestar atenção na sinalização padronizada de Brasília. Pois é, é ela). E se você não manja muito de tipografia, a Helvetica é um ótimo lugar para começar a se apaixonar, ou no mínimo, a usá-la corretamente. A família é fácil de usar, porque além de ter muitas excelentes variações, ela é muito versátil, capaz de refletir e acrescentar a uma imagem simples ou sofisticada (especialmente nas variações Thin e Light), moderna ou retrô, jovem ou sóbria. Com a sua boa legibilidade, ela pode ser usada em uma grande variedade de mídias.

Tem algo mágico em saber que os grandes designers daquela época a usaram, contribuindo para que ela se tornasse um verdadeiro ícone do design moderno. Apesar da necessidade e do desejo de conhecer e experimentar com outras famílias, eu mesmo me surpreendo frequentemente voltando para a Helvetica, e nunca fico decepcionada (posso não gostar muito do trabalho, mas sempre amo a tipografia). Ao final das contas, são poucas fontes que têm um filme feito sobre elas (tem até uma que tem uma música, a German Bold Italic, do Towa Tei), e que fazem parte da coleção permanente de um dos maiores e mais importantes museus de arte moderna do mundo, o MoMA, em Nova York.
Tem um super ensaio fotográfico com comentários muito interessantes no site do jornal inglês The Guardian, sobre a Helvetica e esse filme.
www.guardian.co.uk/arts/gallery/2007/jul/16/design?picture=330202465
Olhe-lá, que vocês com certeza vão querer fazer parte da festinha da Helvetica. Todos são convidados.

(Caso vocês não tenham reparado, o lançamento da Helvetica é contemporâneo à construção de Brasília. É fácil ver a semelhanças no estilo e nas ideologias por trás das duas. Mas cuidado com a Arial, a imitação muito menos graciosa da Microsoft; sempre escolha a original antes de qualquer impostora).

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Indicação: Glenn Jones

Vale a pena dar uma passada no blog do artista gráfico Glenn Jones. Não apenas por seu estilo de desenho pop e divertido, mas por suas abordagens visuais que brincam com analogias e leituras de modo semelhante ao que a criação publicitária faz, explorando as diversas interpretações que uma idéia pode ter.

Gostei particularmente de Extreme Beginnings, Rock Me Amadeus, Prankster e Calling Home, todos bons trocadilhos visuais.

Dica do site Drawn!.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

De onde saem as idéias?

Nos sempre estamos cobrando dos alunos as tais de referências. “O bom publicitário é aquele que tem um leque variado de referências”. “Faltam referências no trabalho de vocês”. “As suas referências são óbvias demais”. Ao final das contas, o que isso quer dizer? Que referências são essas, e onde posso encontrá-las, como posso adquiri-las?

Para começar, podem encontrar algumas respostas à essas perguntas nos nossos posts que trazem sugestões de atividades na cidade e on-line, assim como nas listas de leitura que disponibilizamos a cada semestre. Pois é, as referências estão por perto, e raramente vai ter uma que vale mais do que uma outra (eu odeio funk carioca com uma paixão incomensurável, mas não tenho como negar que é um fenômeno marcante da cultura desse país. Se eu me obstino a ignorar isso, estou me fechando para um público enorme, para uma realidade compartilhada por muitos). Adquirir referências pode ser uma coisas tanto passiva – ter que aguentar um funk contra a sua vontade numa festa – como ativa – surfar blogs de design ou rever pela 24a vez o seu Hitchcock preferido. O ponto de partida é a curiosidade, a vontade de aprender a conhecer, não apenas no sentido acadêmico, mas simplesmente pelo prazer de observar, descobrir uma novidade, perceber o anodino e ver que ele está conectado a um mundo de outras coisas. Ter referências não é nada mais do que conhecer o mundo que te cerca. Easier said than done - é coisa de mais para aprender e lembrar! Vamos ver.

Eu vou tentar acrescentar às dicas aqui postadas, e até dar um passo para trás e qualificá-las, para que vocês possam saber reconhecer uma referência quando ela passa por perto. Como eu sei que os alunos, muitas vezes, estão atrás de dicas objetivas, passos enumerados que, seguidos de acordo com as instruções, levarão à genialidade, vou aproveitar e formular as minhas dicas para ajudar vocês de forma muito pragmática, e passar para vocês, literalmente, um exercício para adquirir referências.

A primeira coisa que é importante realçar, é que, de fato, têm diferentes tipos de referências que vocês podem adquirir de diferentes formas (isso não diz respeito ao “valor” das referências; vide acima). Todos devem ter um mínimo de cultura erudita, essa que é associada às mais nobres formas de arte (literatura, belas artes, música), mas também à cultura geral. Conhecer a história não apenas do seu país como também do mundo, ter umas noções básicas de ciências, política, filosofia, etc, são coisas essenciais e importantes para ser um cidadão funcional capaz de atuar de forma construtiva na sociedade. São os tipos de conhecimentos que a gente adquire principalmente na escola e na faculdade – e quando não estamos mais na faculdade, lendo, lendo e lendo de tudo (revista, jornal, livro gráfico, embalagem de shampoo, blog, site de notícias, romance – até os do Jô Soares), indo para o cinema (os últimos anos foram ótimos para ficções baseadas em fatos reais nas telonas: Blood Diamonds, Good Night, Good Luck, O Ano que os Meus Pais Saírem de Férias, The Constant Gardner, U93, The Aviator, No Country For Old Men, The Last Emperor of Scotland, etc.), indo para museus e exposições (são mais de 30 museus em Brasília, com todo tipo de coleção - e praticamente todos eles são de graça) e assistindo o seu canal de notícias favorito. Esse acréscimo de dados, fatos e conhecimentos continua a vida toda (ainda bem – já pensou se com 22 anos se parava de aprender?) e é essencial para contextualizar o seu trabalho, que sempre vai se encaixar dentro de uma série de circunstâncias sociais particulares. Esse só pode ter ressonância e impacto se ele fale de coisas profundas, não esotéricas, mas sim fenômenos marcantes, por serem reais, relevantes e compartilhados pela nossa sociedade numa larga escala. São esses fenômenos que nos unem, e que fazem com quem nós (vocês) se sintam brasileiros - pensem no impeachement do Collor, na primeira ovelha clonada, nos anos de Chumbo, no primeiro homem na lua, na semana de 22, na chegada da TV a cabo no Brasil, na inflação a 2677%, e por aí vai. Vocês fazem parte disso tudo, e seus públicos também - tem que conhecer!

Tem também um outro tipo de referência, que é tão importante quanto essa primeira para o publicitário. É toda a cultura que é chamada às vezes de low-brow, baixa, em oposição a cultura erudita. O que se faz nas ruas? Como é o cotidiano das pessoas? O que motiva elas? O sociólogo Raymond Williams descrevia a cultura como sendo uma coisa ordinária, banal, esse conjunto de manifestações que liga pessoas de um mesmo grupo, que faz parte da identidade delas. Sim, tem a história, como acabei de mencionar. Mas existem manifestações mais espontâneas e informais que não acontecem nos museus nem nas salas de teatro. Essas costumam ser mais intensas, mais segmentadas, mais efémeras (pense nos emos ou no glam rock) do que aqueles grandes movimentos sociais discutidos na salas das faculdades, mas não necessariamente menos significativas. Beleza, mas como captar esse tipo de fenômeno, como achá-lo e interpretá-lo? A resposta é simples. Você deve mergulhar no cotidiano, se tornar um especialista das pessoas comuns, da vida da rua. Não tem jeito melhor para fazer isso do que chamar o seu Baudelaire interior e se assumir como um flâneur, aquele que fica passeando (flâner, em francês), sem objetivo específico a não ser curtir o visual e observar as pessoas. O flâneur é um observador apaixonado que não permanece indiferente, mas que consegue fazer parte de, e ao mesmo tempo, ser a parte da realidade que ele observe. Ele é auto-consciente, e toma uma atitude relativa às cenas que ele presencia. Ele é “um botanista das calçadas”. (Será que essas coisas são possíveis em Brasília onde as pessoas não andam e nem tem calçada? E aí, vocês amantes da cidade, aguardo vocês para me responder...)

É importante encarar isso não como uma tarefa de casa chata, e sim como uma coisa prazerosa. Não limita as suas experiências e pesquisas a assuntos diretamente ligados aos seu projetos atuais. Aproveita cada trabalho como uma oportunidade para aprender mais, conhecer o mundo, pois é isso que vai te fazer crescer como profissional, mas também como ser humano.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Indicação: "A Folha que Sobrou do Caderno"

Este documentário foi indicação da Luana Wernik, do blog Experimente Design! (citada anteriormente aqui).

Vale a pena assistir. São apenas 30 e poucos minutos nos quais alunos e professores discutem questões importantes do ensino universitário em geral e de design especificamente.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O poder do não

Didaticamente, costuma-se dizer que exemplos negativos acabam invariavelmente se tornando um reforço ao que na verdade você deseja evitar. Existe uma série de explicações para isso. No entanto, eu ainda acredito que em alguns casos, um sinal de "por aqui não" pode trazer mais benefícios que prejuízo.

Com base nisso, trago dois sites que ajudam a perceber como certos descuidos devem ser pró-ativamente evitados. São detalhes que a experiência ajuda a evitar naturalmente - mas até lá não custa manter-se atento a eles.

O primeiro é o Photoshop Disasters, que traz uma coleção de bizarrices oriundas das famosas "photoshopadas" que vivem sendo feitas em agências e estúdios. Esse tipo de falha grosseira têm se tornado muito frequênte graças à extrema dependência criada em torno dos softwares e ao péssimo vício de resolver imagens em pós-produção.

Uma cena extremamente comum em sala de aula, por exemplo, é vermos tentativas de resolver imagens simples (como um post-it colado em uma das páginas de uma agenda) totalmente em pós-produção, criando camadas e sombras falsas para retângulos pintados, ao invés de simplesmente colar o post-it na agenda e fotografá-lo. (a propósito: post-its colados em páginas de agenda são clichês batidíssimos; não os use nem em pré-produção.)

O outro exemplo é mais sutil porém não menos comum, e está bem exemplificado no "Blog" of "Unnecessary" Quotation Marks.

Em tempos de internet (e não, eu não vou entrar nesse mérito porque é uma longa discussão, mas inevitavelmente também um fato), fica a impressão que o domínio das ferramentas de construção de texto diminui a cada dia. Os vícios vão desde nunca usar menos de três ou quatro pontos de exclamação/interrogação e reticências com quantidades aleatórias de pontos (certa vez uma aluna abriu uma cara de espanto quando expliquei que reticências são sempre três - "como assim? não é de acordo com a intensidade?") até detalhes mais sutis como mal uso de crases, construção de perguntas como se fossem afirmações ou o uso desnecessário de aspas, como no site citado.

Estes são apenas dois exemplos de descuidos que frequentemente matam peças de comunicação. Obviamente tentar decorá-los todos é uma guerra perdida. Para se obter qualidade, o ideal ainda é absorver os métodos e torná-los cada vez mais intuitivos. E, é claro, conhecer seus recursos primordiais de trabalho - seu idioma e sua capacidade de abstração visual. É escolher entre isso ou ser um fazedor de peças patinando na mediocridade.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Indicação: Experimente Design Estrategicamente!

A ADEGRAF acaba de tornar disponível para download a cartilha Experimente Design Estrategicamente!. O produto vinha sendo desenvolvido há algum tempo e contou com a colaboração de membros de algumas comunidades de design e propaganda, por meio de críticas e testes.

Segundo release no próprio site, a idéia foi valorizar o mercado por meio do esclarecimento acerca do que é design gráfico, vantagens de utilizá-lo estrategicamente e como proceder para contratar profissionais da área. A cartilha tem como público-alvo empresas privadas e órgãos públicos mas é uma referência importante também para os profissionais da área.

O download pode ser feito diretamente no site da Adegraf, em http://www.adegraf.org.br/cartilha/.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Indicação: Ken Jacobsen

O site de Ken Jacobsen é uma referência obrigatória para quem lida com ilustrações. Seus trabalhos - todos a bico de pena - mostram um controle sobre as linhas e uma noção de volume, sombra e contorno que pouco se vê hoje, num mercado saturado de soluções fáceis e repetição.

Uma belíssima fonte de inspiração para profissionais, estudantes ou simplesmente amantes de boa arte. Dica do blog Drawn!.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Indicação: Illustration Class

Numa área em que disputas de ego dominam e profissionais frequentemente guardam segredos técnicos com unhas e dentes, a generosidade de Von. R. Glitschka é mais do que bem vinda.

Ilustrador e designer com ampla experiência em identidade visual e desenvolvimento de personagens, Mr. Glitschka criou um blog - o IllustrationClass.com - no qual divide com os interessados na área seus segredos de criação e produção de ilustrações para fins variados.

Mais do que isso - ele disponibiliza tutoriais de seus trabalhos, com passo-a-passo de criação de logos e posters. E ainda convida outros ilustradores a compartilhar suas experiências.

A cereja do bolo são os doodles e outros exercícios para estimular a criatividade visual. Tudo com uma cara simpática, viva e colorida - exatamente como os desenhos de Glitschka. Parabéns pela iniciativa!

sábado, 10 de maio de 2008

Indicação: Andrzej Dragan

Para quem gosta da linha crua e emotiva de Sebastião Salgado, vale a pena também conhecer o trabalho do fotógrafo polonês Andrzej Dragan. Dragan ficou famoso por suas fotos expressivas e com forte apelo visual, e sua linha de trabalho já virou estilo.

A própria história pessoal de Dragan já é peculiar. Com menos de 30 anos e tendo iniciado sua carreira somente em 2003, já tem na bagagem diversas exposições e prêmios. Seu trabalho já foi comparado ao do fotógrafo checo Jan Saudek, que também utiliza elementos estéticos de fotografias antigas e colorização manual.

Dragan tem um PhD em física quântica e acumula (além da fotografia) as profissões de publicitário, cientista e professor universitário.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Indicação: Fotografe +

"O fotógrafo se vê o tempo todo diante de alternativas múltiplas e precisa decidir com rapidez onde vai focar suas lentes, que diafragma usar, em que velocidade, ângulo, exposição, com que olhar vai fixar seu objeto. O resultado dessas decisões e escolhas reflete a personalidade do fotógrafo e a forma como ele vê e pensa o mundo à sua volta."


É com esse texto que Maísa Coutinho convida os amantes da fotografia a conhecer seu blog Fotografe +. O site está só começando, mas referências sobre fotografia são sempre bem vindas, e este blog aqui já começa com um pézinho na publicidade.


Gostou? Não deixe de visitar também este aqui.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Sobre tudo, e mais os 10% do garçom


Uma das primeiras coisas que escutei quando mal tinha posto os pés no inóspito e aventureiro território da propaganda foi que "um bom publicitário deve ser capaz de conversar sobre qualquer assunto por (pelo menos) dois minutos". É verdade que também dizem que bom publicitário não almoça antes de 1h da tarde, e pelo menos um profissional já me afirmou que pôr uma fita vermelha na testa acelera o processo de incubação, o que para mim só prova que não se deve dar ouvidos a tudo o que publicitários falam. No entanto, posso garantir com uma boa margem de segurança que um pouco de cultura geral nunca matou ninguém (só para constar, uma estante desabando sobre um leitor incauto não se encaixa na categoria "cultura geral matando alguém").

Como bom viciado em cultura pop e inutilidades, não foi preciso ouvir o conselho duas vezes - e o tempo provou que colecionar informações variadas só ajuda no processo de criação. Há uma pá de histórias sobre como informações esdrúxulas frequentemente ajudam a criar bons anúncios. Uma das mais famosas envolve o Eugênio Mohallen, um leão roubado e um anúncio de seguradora, mas deixo para postar essa quando achar fonte fidedigna para os detalhes (a internet já tem hoaxes demais para que eu gere mais um).

Há vários jeitos de se conseguir informação, seja em forma de dados ou de inspiração abstrata, mas eu gosto de insistir em um método arcaico e trabalhoso chamado leitura. Ler traz benefícios que extrapolam a simples aquisição de informação, porque o processo de ler em si melhora sua capacidade de construir bons argumentos, se expressar e criar textos interessantes. "Mental fitness". É o princípio de ficar melhor numa coisa à medida que a exercita.

Comece montando sua biblioteca pessoal de referências. Para quem está começando na área, esse passo será mais útil quanto mais cedo você começar a construir o próprio acervo.

Mas não basta ler: é preciso ler muito, e sobre coisas variadas. Começar com 14 livros por ano é um bom aquecimento, desde que para fins de contagem, sua lista tenha somente no máximo dois livros técnicos da área. Ler somente livros de publicidade é passe direto para ficar bitolado. É como fazer aquela dieta dos pontos, e gastar todos os pontos da semana em barras de chocolate. No cheating, buddy.

Para os mais aventureiros, aconselho visitar uma boa biblioteca, entrar numa área fora de seu foco direto (por exemplo, História, ou Psicologia), pegar um livro aleatoriamente na estante e levá-lo para casa. (Depois de registrar o empréstimo, obviamente. Não estou promovendo nenhuma campanha de "furte este livro". Enfim...) A experiência pode ser interessante, e você pode descobrir informações valiosas. Ou pode ser absolutamente chata, mas isso não faz diferença: a experiência de se expor a algo diferente sempre traz algum tipo de saldo positivo.

Se você não é chegado a "encontros às escuras", ou está ávido para adquirir cultura geral, há uma série de publicações divertidas, informativas. Abaixo, uma lista de sugestões (e eu juro que não estou ganhando comissão):


  • Fletcher, Alan (2001). The Art of Looking Sideways. Phaidon Press. ISBN-10: 0714834491

  • Geary, James (2007). O Mundo em uma Frase - Uma Breve História do Aforismo. Ed. Objetiva. ISBN: 9788573028485

  • Mohallen, Eugênio (2004). Razões Para Bater Num Sujeito de Óculos. Ed. Planeta. ISBN: 8589885194

  • De Lara, José Francisco (2007). Ironia (Frases Soltas Que Deveriam Estar Presas). Ed. Cócegas. ISBN: 8590480216

  • O'hare, Mick (2007). Quanto Preciso Pesar Para Ser à Prova de uma Bala Perdida. Ed. Record.

  • Schwanitz, Dietrich (2007). Cultura Geral: Tudo o Que Se Deve Saber. Ed. Martins Fontes. ISBN: 9788533623361

  • Bahiana, Ana MAria (2006). Almanaque Anos 70. Ed. Ediouro. ISBN: 8500017880

  • Alzer, Luiz André e Claudino, Mariana (2004). Almanaque Anos 80. Ed. Ediouro. ISBN: 8500015322

  • Essinger, Silvio (2008). Almanaque Anos 90. Ed. Ediouro/Agir. ISBN: 9788522008995

  • Kataoka, Fabio e Tavares, Portuga (2006). Almanaque do Fusca. Ed. Ediouro. ISBN: 8500020717

  • Pugialli, Ricardo (2006). Almanaque da Jovem Guarda. Ed. Ediouro. ISBN: 8500020733

  • Braune, Bia e Rixa (2007). Almanaque da TV: Histórias e Curiosidades... Ed. Ediouro. ISBN: 9788500020704

  • Albuquerque, Carlos e Leão, Tom (2004). Rio Fanzine: 18 Anos de Cultura Alternativa. Ed. Record. ISBN: 8501071803

  • Braga, Flávio e Batista, Carlos (2006). Almanaque dos Quadrinhos. Ed. Ediouro. ISBN: 8500016906

  • Pereira, Paulo Gustavo (2008). Almanaque dos Seriados. Ed. Ediouro. ISBN: 9788500020728

  • Duarte, Marcelo (2005). Guia dos Curiosos, O. Ed. Panda Books. ISBN: 858753792X

  • Duarte, Marcelo (2003). Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa, O. Ed. Panda Books. ISBN: 8587537342

  • Duarte, Marcelo (2006). Guia dos Curiosos - Esportes, O. Ed. Panda Books. ISBN: 8576950243

  • Duarte, Marcelo (2004). Guia dos Curiosos - Jogos Olímpicos, O. Ed. Panda Books. ISBN: 8587537563

  • Duarte, Marcelo (1999). Guia dos Curiosos - Brasil, O. Ed. Cia das Letras. ISBN: 857164960X

  • Duarte, Marcelo (2001). Guia dos Curiosos - Sexo, O. Ed. Cia das Letras. ISBN: 8535901299

  • Velloso, Priscila Arida (2004). Original Almanaque Dúvida Cruel, O. Ed. Record. ISBN: 8501069655

... e a lista é enorme, mas este é um começo. Então, escolha um livro, acomode-se e vá descobrir como deve ser uma prancha para quem quer surfar sobre lava, quais foram as 10 mais durante a década de 80 ou quantas músicas dos Beatles foram assinadas por "Lennon & McCartney". Se essas informações não renderem bons anúncios, ao menos ajudarão bastante nas próximas sessões de "Imagem&Ação", "Academia" ou "Tabu" com os amigos.